Primeira evangelização e desafios de uma nova evangelização

de Juan Botasso – 11/05/2011

A evangelização da América começou com um grande entusiasmo. Não tanto pela impressão causada pela perda da metade dos países europeus por causa da Reforma Protestante, que ainda não havia começado, mas pelo convencimento de que a América oferecia uma oportunidade única e inesperada para dar origem a um tipo de igreja mais próxima do modelo dos tempos apostólicos.

Para as pessoas de espírito mais elevado, a igreja europeia tinha chegado a um ponto tal de corrupção que chegava a ser quase irreformável, a começar pela cabeça. São os anos em que a corte papal de Alexandre VI estava completamente mundana. Quando Lutero visitou Roma, no tempo de Leão X, ficou escandalizado.

Os ideais de Joaquim de Fiore, difundidos principalmente entre os Franciscanos, e a Utopia e Tomas Moro, divulgada em muitos ambientes, faziam sonhar com a construção de comunidades formadas por pessoas simples, livres de ambições e desapegadas das riquezas, como pareciam ser os índios recém conhecidos. Provavelmente houve uma boa dose de ingenuidade nestes sonhos, mas isto não tira que semelhante visão tenha contagiado o fervor missionário dos frades mendicantes, tornando‐os criativos, entusiastas e incapazes de medir as fadigas e os riscos.

Em contato com a realidade foi esfriando um pouco os ardores iniciais. Porém, o que lhes deu o golpe final foi a queda demográfica. Os trabalhos excessivos, os duríssimos castigos impostos aos rebeldes e, de modo especial as enfermidades, dizimaram a povoação indígena, chegando ao seu quase desaparecimento em algumas regiões. Foi quando a relação com os negros se encaminhou para assumir dimensões industriais.

O pessimismo começou então a se expandir entre os missionários. A este fato de importância fundamental devemos acrescentar outros, cujo peso não foi indiferente

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