Descolonizar o que foi colonizado

de Tea Frigerio – 21/03/2021

O presente artigo usa a ferramenta da exegese bíblica feminista para desfiar alguns textos/tecidos e descobrir os diferentes tipos de cores e texturas dos fios que os teceram. Uma provocação que o método hermenêutico feminista orienta é de “suspeitar”. O escrito então se interroga: Gl 3,26-28 era uma profissão batismal que assumia radicalmente a proposta de Jesus, porque desde o início foi combatida, mutilada e silenciada? O que levou o autor da Primeira Carta a Timóteo falar tão duramente as mulheres de sua comunidade? O pensamento paulino sobre a mulher, foi utilizado pelas igrejas como argumento para a inferioridade, submissão e exclusão da mulher. Na realidade, os escritos autênticos de Paulo promovem a superação das diferenças entre etnia, classe e gênero, para sermos “todos um em Cristo” (Gl 3,28). Parece, porém, que a igualdade entre o homem e a mulher não vingou na tradição eclesial, recompactada dentro do patriarcalismo imperial. O escrito faz um convite: urge resgatar a memória silenciada das mulheres no Movimento de Jesus e no Movimento missionário cristão.

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